sexta-feira, 9 de janeiro de 2015


ÍNDICE






Introdução...............................................................................................................................1
Pensamento antiautoritário ....................................................................................................3
Antiautoritário........................................................................................................................4
Conclusão..............................................................................................................................5
Bibliografia ..........................................................................................................................6
Agradecimento......................................................................................................................7










































Introdução




O movimento antiautoritário teve início em Sigmund Freud (1856-1939) um de seus inspiradores. Freud, quando descobriu o fenômeno datransferência ,e ao perceber práticas da sociedade que eram altamente repressivas, e da escola em relação à sexualidade, ele influenciou a mentalidade dos educadores.










































O PENSAMENTO PEDAGOGICO ANTIAUTORITARIO



O pensamento pedagógico antiautoritárioAntonino Condorelli.  Na primeira metade do século XX, sob a influência do pensamento pedagógico socialista e o da Escola Nova, surgem visões educacionais que Gadotti (2008) classificacomo expressões de um pensamento pedagógico antiautoritário , que incluiu tantoeducadores de inspiração liberal como marxistas.Essa corrente se inspirou profundamente na psicanálise, um conjunto deconcepções sobre a psique humana e de métodos para abordá-la elaborado por SigmundFreud, especialmente em duas idéias: a da transferência, que levou alguns pedagogos arefletirem sobre a importância da relação interpessoal entre educador e educando, e a darepressão que – na visão de Freud – a sociedade e a escola exerciam sobre asexualidadeinfantil , gerando desequilíbrios psíquicos que se perpetuariam na vida adulta.


Em contraposição a esse modelo, Freud apontou a necessidade de se pensar em práticaseducativas anti-repressivas e que respeitassem as tendências naturais das crianças.Um dos educadores mais radicais da corrente pedagógica antiautoritária foi o espanhol Francisco Ferrer Guardia, considerado o pai da escola racional e libertária,que se destacou por ser o mais duro crítico da educação tradicional. Ferrer acreditava naeducação como instrumento de emancipação do homem das injustiças sociais e deconstrução de uma sociedade igualitária. Defendia a Coeducação , um modelo de escolaigualitária que não distinguia entre sexos e classes sociais: em sua visão, essaconvivência contribuiria para forjar nas novas gerações um sentimento de igualdade,quebrando os preconceitos de gênero e de classe.

O educador sustentava a implantação de uma pedagogia racional e científica:em sua obra mais importante, La escuela moderna, afirmava que aignorância
e o erro representavam as raízes das desigualdades e dos conflitos de classes.

Para mudar essarealidade, era necessário – em sua visão – estimular a criança a desejar conhecer asorigens das injustiças sociais para que mais tarde, por meio do conhecimento adquirido, pudesse combatê-las.A educação, para Ferrer, fazia parte de um processo revolucionário detransformação social e sua finalidade era a formação de homens livres. Para atingir esseobjetivo, os processos educativos deviam abolir qualquer prática coercitiva e repressiva,de forma a estimular a
disciplina natural , baseada não na obediência cega, mas em umatomada de consciência.

Segundo o pedagogo, os alunos que se rebelavam às injustiçasdo sistema educativo estavam exercendo uma reação legítima.Outro expoente de destaque da pedagogia antiautoritária, desta vez em uma perspectiva liberal, foi o inglês Alexander Neill que, inspirando-se na psicanálise deFreud e em outras influências da psicologia da primeira metade do século XX, colocavao princípio da não-violência como pressuposto essencial do processo educativo.

Segundo o educador, que experimentou suas concepções no célebre internato britânicoSummerhill que fundou em 1921, se a criança crescesse em plena liberdade, semqualquer forma de coerção, de direção autoritária e de influência moral ou religiosa,mas aprendendo a respeitar a liberdade do outro a partir da convivência, ia se tornar espontaneamente um sujeito solidário e feliz. Neill acreditava, portanto, que a própria liberdade exercesse uma força construtiva, conduzindo por si só a criança a aprender e aviver de forma rica e significativa.

O psicoterapeuta norte-americano Carl Rogers foi também um educador e defendeu uma
 pedagogia não-diretiva . Todo processo educativo, segundo ele, deviacentrar-se naliberdade da criançae não nas exigências do educador, nem no conteúdo programático. 

Considerava que o clima psicológico criado por um ambiente livreestimulava o desenvolvimento cognitivo e psíquico pleno do sujeito e que umaaprendizagem era significativa na medida em que fosse importante para a totalidade doeducando. Era preciso, para Rogers, estimular esse tipo aprendizagem, posto que – emsua visão – não era possível ensinar algo a outra pessoa, apenas facilitar seuaprendizado criando um clima favorável a este último, motivando-o. Por isso, asrelações interpessoais, especialmente as afetivas, adquiriam um papel decisivo na pedagogia do educador.O mais destacado expoente da pedagogia antiautoritária foi o professor francês Célestin Freinet, cujas idéias e propostas –inspiradas no pensamento socialista -continuam influenciando experiências educativas em diversos países. Ele centrou aeducação no trabalho manual  , que concebia como uma “necessidade orgânica deutilizar o potencial de vida numa atividade ao mesmo tempo individual e social. Outros princípios caros à sua pedagogia eram aexpressãolivre e o incentivo à pesquisa.

 Na visão de Freinet, era preciso abandonar a disciplina imposta através dassançes e focar o processo educativo na organização do trabalho, pois à medida que estemotivasse, envolvesse e estimulasse a criatividade e a participação dos alunosfavoreceria espontaneamente tanto a disciplina, como a aprendizagem. Para isto, oeducador necessitava mudar seu papel: o que lhe cabia, na concepção do pedagogofrancês, era tornar-se um colaborador no aperfeiçoamento da organização do trabalho eda vida comunitária da sua escola, junto com seus alunos e com os gestores, dentro deum modelo não-dirigista e não-coercitivo de construção coletiva de contextos deaprendizagem significativa por meio do trabalho.Alguns métodos utilizados por Freinet, em suas práticas educativas concretas, para favorecer a aprendizagem de seus alunos continuam sendo usados em experiênciaseducativas dos mais diversos países: a redação livre, a imprensa na escola, o jornal daturma, a correspondência entre os alunos e entre alunos e professores, o estudo do meioem que o processo educativo acontece, a biblioteca cooperativa, entre outros.

Para complementar o exposto, assista este vídeo – dividido em duas partes – quereconstrói a vida, as principais ideias pedagógicas e as experiências educacionais doeducador francês Célestin Freinet.Parte


Ele acreditava que aeducação naquela época ocorria com o objetivo de moldar as crianças de acordo com valores impostos. Assim, a educação obrigava a criança a renunciar os impulsos naturais, acomodando o desenvolvimento do seuego às exigências morais e culturais do superego.

A principal crítica feita à escola tradicional foi o modelo autoritário que tinha, impregnados de dogmas (que é uma crença ou umadoutrina imposta que não admite contestação) e regras. Sendo denominada de escola-quartel. Então os pedagogos da época, querendo reverter à situação da “escola-quartel”, recusam-se do exercício do poder,e volta-se para uma educação em liberdade para a liberdade. Qual era a proposta? Que todo aluno, deveria ser educado sem pressão para manter uma maturidade sadia.











Antiautoritarismo



O antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total a qualquer tipo de hierarquia imposta ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a outra, ou outras, defendendo uma organização social baseada na igualdade e no valor supremo daliberdade. É a oposição ao autoritarismo, que é definido como "uma forma de organização social ou doutrina política caracterizada pela submissão à autoridade".1
Antiautoritários geralmente acreditam em plena igualdade perante a lei e fortes liberdades civis. Às vezes, o termo é usado de forma intercambiável com o anarquismo,2 que tem como principais, mas não únicos objetivos, a supressão do Estado, da acumulação de riqueza própria do capitalismo (exceto os anarcocapitalistas e os anarcoindividualistas) e as hierarquiasreligiosas (exceto seguidores do Anarquismo cristão). O Anarquismo difere do Marxismo por rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão sociopolítica gradual - socialismo - rumo à derrubada do Estado - comunismo - proposta por Karl Marx.
O antiautoritarismo, às vezes, é usado para se referir a outras filosofias ou organizações antiestatistas de direita e deesquerda, que podem ser muito próximas filosoficamente do anarquismo, mas que contêm valores opostos.
De acordo com a corrente de pensamentos libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre o seu objetivo, enquanto defensor da liberdade, e da sua vontade.

Ele acreditava que aeducação naquela época ocorria com o objetivo de moldar as crianças de acordo com valores impostos. Assim, a educação obrigava a criança a renunciar os impulsos naturais, acomodando o desenvolvimento do seuego às exigências morais e culturais do superego.

A principal crítica feita à escola tradicional foi o modelo autoritário que tinha, impregnados de dogmas (que é uma crença ou umadoutrina imposta que não admite contestação) e regras. Sendo denominada de escola-quartel. Então os pedagogos da época, querendo reverter à situação da “escola-quartel”, recusam-se do exercício do poder,e volta-se para uma educação em liberdade para a liberdade. Qual era a proposta? Que todo aluno, deveria ser educado sem pressão para manter uma maturidade sadia.





O PENSAMENTO PEDAGÓGICO FENOMENOLÓGICO EXISTENCIALISTA

BOGDAN SUCHODOLSKI (1907 – 1992), em sua obra A pedagogia e as grandes correntes filosóficas, dividiu as manifestações pedagógicas surgidas desde a antiguidade até nossos dias em duas grandes correntes: as pedagogias da essência e as pedagogias da existência.
Na base dessa oposição estaria a controvérsia clássica entre filosofia da essência e filosofia da existência, filosofias que, partindo de concepções antropológicas opostas, determinam posicionamentos pedagógicos também distintos.
A pedagogia da essência teve início com Platão e foi desenvolvida pelo cristianismo. Platão distinguiu no homem o que pertence ao mundo das sombras (o corpo, o desejo, os sentidos, etc) e o que pertence ao mundo das idéias (o espírito na sua forma pensante). A pedagogia da essência investiga tudo que é empírico no homem e concebe a educação como ação que desenvolve no indivíduo o que define a sua essência "verdadeira".
O cristianismo manteve, transformou e desenvolveu a concepção platônica. Realçou a posição entre duas tarefas da realidade: verdadeira e eterna por um lado, aparente e temporal por outro.
O movimento reformista protestante recolocou a idéia de que o homem pode ser tudo, e que a individualidade é uma forma preciosa de realização da essência humana. Surgiram, então, indícios de renovação do pensamento pedagógico, inspirando-se nos direitos e nas necessidades das crianças. JEAN-LOUIS VIVES (1492 – 1540), em pleno século XVI, já criou os alicerces de uma teoria psicológica do ensino.
Erguia-se, assim, uma verdadeira revolta contra a pedagogia tradicional. Em muitos escritos, já se defendia o direito de o homem viver de acordo com suas crenças. Estava iniciado o conflito entre a pedagogia da essência e a pedagogia fundada na existência. Essa controvérsia atravessou as idéias de Rosseau, Pestalozzi e Froebel. Em resposta à pedagogia da essência, KIERKEGAARD(1813 – 1855, STIRNER (1806 – 1856) e NIETZSCHE (1844 – 1900), no século XIX, desenvolveram teorias ligadas à pedagogia da existência.
Para kierkegaard, o indivíduo não se repete, sendo uma pessoa única, condenada a ser ela mesma, devendo recomeçar perpetuamente uma luta dramática, já que aspira algo de mais elevado do que ela própria. Stirner, por sua vez, atacara a pedagogia da essência, procurando mostrar que o seu erro está em impor aos indivíduos um ideal ultrapassado que lhes é estranho, uma religião a serviço da sociedade e do Estado.
Nietzsche criticava as tendências democráticas do ensino e as tentativas de ligar a escola às necessidades econômicas e sociais do país. Ao analisar a genealogia da moral, ele tentava provar que o ideal e as normas morais são obras dos homens fracos.
Em resumo, a pedagogia da essência propõe um programa para levar a criança a conhecer sistematicamente as etapas do desenvolvimento da humanidade; a pedagogia da existência, a organização e a satisfação das necessidades atuais da criança através do conhecimento e da ação.
ÉMILE DURKHEIN (1858 – 1917) desenvolveu a concepção positivista de educação, que buscavaexistencializar a pedagogia da essência. Ele criticava as concepções de educação baseadas no ideal de homem. A educação devia se moldar às necessidades da sociedade em que está inserida. A existencialização da pedagogia da essência se desdobrou em duas vertentes da pedagogia da existência: uma priorizando as necessidades da criança e a outra as do grupo social.
A educação nova, como expressão de pedagogia moderna, veio como uma esperança para as dúvidas levantadas pela pedagogia da existência, mas introduziu novas inquietações em relação à formação social das novas gerações. É na pedagogia moderna que a contradição essência/existência se apresenta com mais nitidez. Com base nesse conflito consolidaram-se duas tendências: uma tentando ligar a pedagogia da existência ao ideal, e a outra unindo a pedagogia da essência à vida concreta.

Como veremos adiante, Suchodolski sustentava que a pedagogia deve ser simultaneamente da existência e da essência e que esta síntese exige condições que a sociedade burguesa não apresenta. Segundo ele, o mais importante é que cada homem tenha garantias e condições existenciais para construir sua própria essência.

A filosofia existencialista provocou um grande movimento de renovação da educação. A tarefa da educação, para a filosofia existencial, consiste em afirmar a existência concreta da criança, aqui e agora. A existência do ser humano não é igual à de outra coisa qualquer. O homem precisa decidir-se, comprometer-se, escolher; precisa encontrar-se com o outro. Com isso, muitas necessidades novas foram incorporadas à pedagogia contemporânea: desafio, decisão, compromisso, diálogo, dúvida, próprias do chamado humanismo moderno.
Entre os filósofos existencialistas que tiveram forte influência na educação destacamos: MARTIN BUBER (1878 – 1966), MAURICE MERLEAU-PONTY (1908 – 1961), EMMANUEL MOUNIER (1905 – 1950), JEAN-PAUL SARTRE (1905 – 1980), GEORGES GUSDORF (1912), PAUL RICOEUR (1913) e CLAUDE PANTILLON (1938 – 1980).

A fenomenologia contribuiu muito para recolocar na educação a preocupação antropológica."Fenômeno" é o que se mostra, o que se manifesta. A fenomenologia preocupa-se com o que aparece e o que está escondido nas aparências, uma vez que aquilo que parece, nem sempre é. Contudo, a aparência também faz parte do ser. O método fenomenológico procura descrever e interpretar os fenômenos, os processos e as coisas pelo que são, sem preconceitos. Mais do que um método, é uma atitude. Como dizia Hurssel, a atitude de "ir à coisa mesma", sem premeditações, sem ser conduzido por técnicas de manipulação das coisas. Mas isto não significa a recusa de toda pré-compreensão. Toda pré-compreensão de um fenômeno, toda interpretação é continuamente orientada pela maneira de se colocar a questão elaborada pelo sujeito a partir de uma práxis. O único pressuposto não estranho à atitude fonenológica é aquele em que toda compreensão é uma relação vital do intérprete com a coisa mesma. Daí a complexidade necessária entre fenomenologia e práxis.
A fenomenologia desenvolveu particularmente a interpretação de textos.
O pensamento pedagógico existencialista e fenomenológico foi muito influenciado pelos filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Paul Ricoeur.
Filósofo, romancista, teatrólogo e político, Jean-Paul Sartre nasceu em Paris a 21 de junho de 1905. Seu pai morreu muito cedo e ele foi morar com o avô, que era protestante e anticatólico.
Sartre dirigiu os grupos existencialistas no bairro de St. Germain-des-Près e fundou a revista literária e política Lês Temps Modernes. Viveu por décadas em companhia da escritora Simone de Beauvoir, fez extensas viagens e travou polêmicas em diversas áreas, dedicando-se também às atividades políticas de esquerda.
Sua filosofia é ateísta. Segundo Sartre, o homem é absoluto, não havendo nada de espiritual acima dele. Por determinadas condições biológicas, a sua existência precede a essência, o que significa que a criatura humana chega ao mundo apenas biológicamente e só depois, através da convivência, adquire uma essência humana determinada.
O homem sofre a influência não só da idéia que tem de si, mas também de como pretende ser. Esses impulsos orientam-no para um determinado tipo de existência, pois um indivíduo não pode ser outra coisa senão aquilo em que se constitui. Como não há nada superior a ele, sua marcha se depara com o nada.
A filosofia de Sartre apresenta dois momentos: de início, ele estava preocupado com a salvação mundial.
Depois da segunda guerra mundial, Sartre, que participou da resistência contra a ocupação da França pelos nazistas, quis compreender melhor o mundo, passando a adotar uma atitude prática. Desde então se manifestou em seu pensamento uma abertura para o social. Ele mudou seu conceito de liberdade, aderindo ao marxismo. Seu projeto definitivo era agora lutar pelosocialismo.
As principais obras de Sartre são: O muro, A náusea, O ser e o nada, As moscas, Entre quatro paredes e As mãos sujas.





Sem comentários:

Enviar um comentário