ÍNDICE
Introdução...............................................................................................................................1
Pensamento antiautoritário ....................................................................................................3
Antiautoritário........................................................................................................................4
Conclusão..............................................................................................................................5
Bibliografia ..........................................................................................................................6
Agradecimento......................................................................................................................7
Introdução
O movimento antiautoritário teve início em Sigmund Freud (1856-1939) um de seus inspiradores. Freud, quando descobriu o fenômeno datransferência ,e ao perceber práticas da sociedade que eram altamente repressivas, e da escola em relação à sexualidade, ele influenciou a mentalidade dos educadores.
O PENSAMENTO PEDAGOGICO ANTIAUTORITARIO
O pensamento pedagógico antiautoritárioAntonino
Condorelli. Na primeira metade do século XX, sob
a influência do pensamento pedagógico socialista e o da Escola
Nova, surgem visões educacionais que Gadotti (2008) classificacomo expressões
de um pensamento pedagógico antiautoritário
, que incluiu tantoeducadores de inspiração liberal como marxistas.Essa
corrente se inspirou profundamente na psicanálise,
um conjunto deconcepções sobre a psique humana e de métodos para abordá-la
elaborado por SigmundFreud,
especialmente em duas idéias: a da transferência,
que levou alguns pedagogos arefletirem sobre a importância da relação
interpessoal entre educador e educando, e a darepressão que – na visão de Freud
– a sociedade e a escola exerciam sobre asexualidadeinfantil , gerando desequilíbrios psíquicos que
se perpetuariam na vida adulta.
Em contraposição a esse modelo, Freud apontou a necessidade de se pensar em
práticaseducativas anti-repressivas e que respeitassem as tendências
naturais das crianças.Um dos educadores mais radicais da corrente pedagógica
antiautoritária foi o espanhol Francisco
Ferrer Guardia, considerado o pai da escola racional e
libertária,que se destacou por ser o mais duro crítico da educação tradicional.
Ferrer acreditava naeducação como instrumento de emancipação do homem das
injustiças sociais e deconstrução de uma sociedade igualitária. Defendia a Coeducação , um modelo de
escolaigualitária que não distinguia entre sexos e classes sociais: em sua
visão, essaconvivência contribuiria para forjar nas novas gerações um
sentimento de igualdade,quebrando os
preconceitos de gênero e de classe.
O educador sustentava a implantação de uma pedagogia racional e científica:em sua obra
mais importante, La
escuela moderna, afirmava que aignorância
e o erro representavam as raízes das
desigualdades e dos conflitos de classes.
Para mudar
essarealidade, era necessário – em sua visão – estimular a criança a desejar
conhecer asorigens das injustiças sociais para que mais tarde, por meio do
conhecimento adquirido, pudesse combatê-las.A educação, para Ferrer, fazia
parte de um processo revolucionário detransformação social e sua finalidade era
a formação de homens livres.
Para atingir esseobjetivo, os processos educativos deviam abolir
qualquer prática coercitiva e repressiva,de forma a estimular a
disciplina natural , baseada não na obediência cega, mas
em umatomada de consciência.
Segundo o pedagogo, os alunos que se rebelavam às injustiçasdo sistema
educativo estavam exercendo uma reação legítima.Outro expoente de destaque da
pedagogia antiautoritária, desta vez em uma perspectiva liberal, foi o inglês
Alexander Neill que,
inspirando-se na psicanálise deFreud e em outras influências da psicologia
da primeira metade do século XX, colocavao princípio da não-violência como pressuposto
essencial do processo educativo.
Segundo o educador, que experimentou suas concepções no célebre internato
britânicoSummerhill que fundou em 1921, se a criança crescesse em plena
liberdade, semqualquer forma de coerção, de direção autoritária e de influência
moral ou religiosa,mas aprendendo a respeitar a liberdade do outro a partir da
convivência, ia se tornar espontaneamente um sujeito solidário e feliz.
Neill acreditava, portanto, que a própria liberdade exercesse uma força
construtiva, conduzindo por si só a criança a aprender e aviver de forma
rica e significativa.
O psicoterapeuta norte-americano Carl Rogers foi também um educador
e defendeu uma
pedagogia não-diretiva . Todo processo educativo, segundo ele,
deviacentrar-se naliberdade da criançae
não nas exigências do educador, nem no conteúdo programático.
Considerava que o clima psicológico criado por um ambiente livreestimulava
o desenvolvimento cognitivo e psíquico pleno do sujeito e que umaaprendizagem
era significativa na medida em que fosse importante para a totalidade
doeducando. Era preciso, para Rogers, estimular esse tipo aprendizagem, posto
que – emsua visão – não era possível ensinar algo a outra pessoa, apenas
facilitar seuaprendizado criando um clima favorável a este último, motivando-o.
Por isso, asrelações interpessoais, especialmente as afetivas, adquiriam um
papel decisivo na pedagogia do educador.O mais destacado expoente da
pedagogia antiautoritária foi o professor francês Célestin Freinet,
cujas idéias e propostas –inspiradas no pensamento socialista -continuam
influenciando experiências educativas em diversos países. Ele centrou aeducação no trabalho manual , que concebia como uma “necessidade
orgânica deutilizar o potencial de vida numa atividade ao mesmo tempo individual
e social. Outros princípios caros à sua pedagogia eram aexpressãolivre e o
incentivo à pesquisa.
Na visão de Freinet, era preciso abandonar a disciplina imposta através dassançes
e focar o processo educativo na organização do trabalho, pois à medida que
estemotivasse, envolvesse e estimulasse a criatividade e a participação dos
alunosfavoreceria espontaneamente tanto a disciplina, como a aprendizagem. Para
isto, oeducador necessitava mudar seu papel: o que lhe cabia, na concepção do
pedagogofrancês, era tornar-se um colaborador no aperfeiçoamento da organização
do trabalho eda vida comunitária da sua escola, junto com seus alunos e com os
gestores, dentro deum modelo não-dirigista e não-coercitivo de construção
coletiva de contextos deaprendizagem significativa por meio do trabalho.Alguns
métodos utilizados por Freinet, em suas práticas educativas
concretas, para favorecer a aprendizagem de seus alunos continuam sendo
usados em experiênciaseducativas dos mais diversos países: a redação livre, a
imprensa na escola, o jornal daturma, a correspondência entre os alunos e entre
alunos e professores, o estudo do meioem que o processo educativo
acontece, a biblioteca cooperativa, entre outros.
Para complementar o
exposto, assista este vídeo – dividido em duas partes – quereconstrói a
vida, as principais ideias pedagógicas e as experiências educacionais
doeducador francês Célestin Freinet.Parte
Ele acreditava que aeducação naquela época ocorria com o objetivo de moldar as crianças de acordo com valores impostos. Assim, a educação obrigava a criança a renunciar os impulsos naturais, acomodando o desenvolvimento do seuego às exigências morais e culturais do superego.
A principal crítica feita à escola tradicional foi o modelo autoritário que tinha, impregnados de dogmas (que é uma crença ou umadoutrina imposta que não admite contestação) e regras. Sendo denominada de escola-quartel. Então os pedagogos da época, querendo reverter à situação da “escola-quartel”, recusam-se do exercício do poder,e volta-se para uma educação em liberdade para a liberdade. Qual era a proposta? Que todo aluno, deveria ser educado sem pressão para manter uma maturidade sadia.
Antiautoritarismo
O antiautoritarismo consiste na repulsa e no combate total
a qualquer tipo de hierarquia imposta
ou a qualquer domínio de uma pessoa sobre a outra, ou outras, defendendo uma
organização social baseada na igualdade e
no valor supremo daliberdade. É a oposição ao autoritarismo, que é definido como "uma
forma de organização social ou doutrina política caracterizada pela submissão à autoridade".1
Antiautoritários geralmente acreditam em
plena igualdade perante a lei e fortes liberdades civis. Às vezes, o termo é usado de
forma intercambiável com o anarquismo,2 que
tem como principais, mas não únicos objetivos, a supressão do Estado, da acumulação de riqueza própria
do capitalismo (exceto
os anarcocapitalistas e os anarcoindividualistas)
e as hierarquiasreligiosas (exceto seguidores do Anarquismo cristão).
O Anarquismo difere do Marxismo por
rejeitar o uso instrumental do Estado para alcançar seus objetivos e por prever
uma Revolução Social de caráter direto e incisivo, ao contrário da progressão
sociopolítica gradual - socialismo -
rumo à derrubada do Estado - comunismo - proposta por Karl Marx.
O antiautoritarismo, às vezes, é usado
para se referir a outras filosofias ou organizações antiestatistas de direita e deesquerda, que
podem ser muito próximas filosoficamente do anarquismo, mas que contêm valores
opostos.
De acordo com a corrente de pensamentos
libertária, a supressão da autoridade é condicionada pela ação direta de cada
indivíduo livre, prescindindo-se completamente de qualquer intermediário entre
o seu objetivo, enquanto defensor da liberdade, e da sua vontade.
Ele acreditava que aeducação naquela época ocorria com o objetivo de moldar as crianças de acordo com valores impostos. Assim, a educação obrigava a criança a renunciar os impulsos naturais, acomodando o desenvolvimento do seuego às exigências morais e culturais do superego.
A principal crítica feita à escola tradicional foi o modelo autoritário que tinha, impregnados de dogmas (que é uma crença ou umadoutrina imposta que não admite contestação) e regras. Sendo denominada de escola-quartel. Então os pedagogos da época, querendo reverter à situação da “escola-quartel”, recusam-se do exercício do poder,e volta-se para uma educação em liberdade para a liberdade. Qual era a proposta? Que todo aluno, deveria ser educado sem pressão para manter uma maturidade sadia.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO FENOMENOLÓGICO EXISTENCIALISTA
BOGDAN SUCHODOLSKI (1907 – 1992), em sua obra A pedagogia e as grandes correntes
filosóficas, dividiu as manifestações pedagógicas surgidas desde a
antiguidade até nossos dias em duas grandes correntes: as pedagogias da
essência e as pedagogias da existência.
Na base dessa oposição estaria a
controvérsia clássica entre filosofia da essência e filosofia da existência,
filosofias que, partindo de concepções antropológicas opostas, determinam
posicionamentos pedagógicos também distintos.
A pedagogia da essência teve início com Platão e foi desenvolvida pelo
cristianismo. Platão distinguiu no homem o que pertence ao mundo das sombras (o corpo, o desejo,
os sentidos, etc) e o que pertence ao mundo das idéias (o espírito na sua forma pensante). A
pedagogia da essência investiga tudo que é empírico no homem e concebe a
educação como ação que desenvolve no indivíduo o que define a sua essência
"verdadeira".
O cristianismo manteve, transformou e
desenvolveu a concepção platônica. Realçou a posição entre duas tarefas da
realidade: verdadeira e eterna por um lado, aparente e temporal por outro.
O movimento reformista protestante recolocou a idéia de que o homem pode
ser tudo, e que a individualidade é uma forma preciosa de realização da
essência humana. Surgiram, então, indícios de renovação do pensamento
pedagógico, inspirando-se nos direitos e nas necessidades das crianças. JEAN-LOUIS VIVES (1492 – 1540),
em pleno século XVI, já criou os alicerces de uma teoria psicológica do ensino.
Erguia-se, assim, uma verdadeira revolta contra a pedagogia tradicional. Em
muitos escritos, já se defendia o direito de o homem viver de acordo com suas
crenças. Estava iniciado o conflito entre a pedagogia da essência e a pedagogia
fundada na existência. Essa controvérsia atravessou as idéias de Rosseau, Pestalozzi e Froebel. Em
resposta à pedagogia da essência, KIERKEGAARD(1813
– 1855, STIRNER (1806
– 1856) e NIETZSCHE (1844
– 1900), no século XIX, desenvolveram teorias ligadas à pedagogia da
existência.
Para kierkegaard, o
indivíduo não se repete, sendo uma pessoa única, condenada a ser ela mesma,
devendo recomeçar perpetuamente uma luta dramática, já que aspira algo de mais
elevado do que ela própria. Stirner, por
sua vez, atacara a pedagogia da essência, procurando mostrar que o seu erro
está em impor aos indivíduos um ideal ultrapassado que lhes é estranho, uma
religião a serviço da sociedade e do Estado.
Nietzsche criticava as tendências democráticas do ensino e as tentativas de
ligar a escola às necessidades econômicas e sociais do país. Ao analisar a
genealogia da moral, ele tentava provar que o ideal e as normas morais são obras
dos homens fracos.
Em resumo, a pedagogia da essência propõe
um programa para levar a criança a conhecer sistematicamente as etapas do
desenvolvimento da humanidade; a pedagogia da existência, a organização e a
satisfação das necessidades atuais da criança através do conhecimento e da
ação.
ÉMILE DURKHEIN (1858 – 1917) desenvolveu a concepção
positivista de educação, que buscavaexistencializar
a pedagogia da essência. Ele criticava as concepções de educação
baseadas no ideal de homem. A educação devia se moldar às necessidades da
sociedade em que está inserida. A existencialização da pedagogia da essência se
desdobrou em duas vertentes da pedagogia
da existência: uma priorizando as necessidades da criança e a outra
as do grupo social.
A educação nova, como
expressão de pedagogia moderna, veio como uma esperança para as dúvidas
levantadas pela pedagogia da existência, mas introduziu novas inquietações em
relação à formação social das novas gerações. É na pedagogia moderna que a
contradição essência/existência se apresenta com mais nitidez. Com base nesse
conflito consolidaram-se duas tendências: uma tentando ligar a pedagogia da
existência ao ideal, e a outra unindo a pedagogia da essência à vida concreta.
Como veremos adiante, Suchodolski sustentava
que a pedagogia deve ser simultaneamente da existência e da essência e que esta
síntese exige condições que a sociedade burguesa não apresenta. Segundo ele, o
mais importante é que cada homem tenha garantias e condições existenciais para
construir sua própria essência.
A filosofia existencialista provocou
um grande movimento de renovação da educação. A tarefa da educação, para a
filosofia existencial, consiste em afirmar a existência concreta da criança,
aqui e agora. A existência do ser humano não é igual à de outra coisa qualquer.
O homem precisa decidir-se, comprometer-se, escolher; precisa encontrar-se com
o outro. Com isso, muitas necessidades novas foram incorporadas à pedagogia
contemporânea: desafio, decisão,
compromisso, diálogo, dúvida, próprias do chamado humanismo moderno.
Entre os filósofos existencialistas que tiveram forte influência na
educação destacamos: MARTIN BUBER
(1878 – 1966), MAURICE MERLEAU-PONTY (1908 – 1961), EMMANUEL MOUNIER (1905 –
1950), JEAN-PAUL SARTRE (1905 – 1980), GEORGES GUSDORF (1912), PAUL RICOEUR
(1913) e CLAUDE PANTILLON (1938 – 1980).
A fenomenologia contribuiu muito para recolocar na educação a preocupação antropológica."Fenômeno"
é o que se mostra, o que se manifesta. A fenomenologia preocupa-se com o que
aparece e o que está escondido nas aparências, uma vez que aquilo que parece,
nem sempre é. Contudo, a aparência também faz parte do ser. O método
fenomenológico procura descrever e interpretar os fenômenos, os processos e as
coisas pelo que são, sem preconceitos. Mais do que um método, é uma atitude.
Como dizia Hurssel, a
atitude de "ir à coisa mesma", sem premeditações, sem ser conduzido
por técnicas de manipulação das coisas. Mas isto não significa a recusa de toda
pré-compreensão. Toda pré-compreensão de um fenômeno, toda interpretação é
continuamente orientada pela maneira de se colocar a questão elaborada pelo
sujeito a partir de uma práxis. O único pressuposto não estranho à atitude
fonenológica é aquele em que toda compreensão é uma relação vital do intérprete
com a coisa mesma. Daí a complexidade necessária entre fenomenologia e práxis.
A fenomenologia desenvolveu
particularmente a interpretação de textos.
O pensamento pedagógico existencialista e fenomenológico foi muito
influenciado pelos filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Paul Ricoeur.
Filósofo, romancista, teatrólogo e político, Jean-Paul Sartre nasceu em Paris a 21 de junho de 1905. Seu
pai morreu muito cedo e ele foi morar com o avô, que era protestante e
anticatólico.
Sartre dirigiu os grupos existencialistas no bairro de St. Germain-des-Près e fundou a
revista literária e política Lês
Temps Modernes. Viveu por décadas em companhia da escritora Simone de Beauvoir, fez extensas
viagens e travou polêmicas em diversas áreas, dedicando-se também às atividades
políticas de esquerda.
Sua filosofia é ateísta. Segundo Sartre, o homem é absoluto, não havendo nada de espiritual
acima dele. Por determinadas condições biológicas, a sua existência precede a essência, o que significa que a
criatura humana chega ao mundo apenas biológicamente e só depois, através da
convivência, adquire uma essência humana determinada.
O homem sofre a influência não só da idéia
que tem de si, mas também de como pretende ser. Esses impulsos orientam-no para
um determinado tipo de existência, pois um indivíduo não pode ser outra coisa
senão aquilo em que se constitui. Como não há nada superior a ele, sua marcha
se depara com o nada.
A filosofia de Sartre apresenta dois momentos: de início, ele
estava preocupado com a salvação mundial.
Depois da segunda guerra mundial, Sartre, que participou da resistência contra a ocupação da
França pelos nazistas, quis compreender melhor o mundo, passando a adotar uma
atitude prática. Desde então se manifestou em seu pensamento uma abertura para
o social. Ele mudou seu conceito de liberdade, aderindo ao marxismo. Seu projeto definitivo era agora
lutar pelosocialismo.
As principais obras de Sartre são: O muro, A náusea, O ser e o nada, As moscas,
Entre quatro paredes e As mãos sujas.
Sem comentários:
Enviar um comentário